UM TERÇO DOS CORAIS DO MUNDO ENCARAM A EXTINÇÃO
Uma conferência recentemente idealizada em Fort Lauderdale /FL “11 Simpósio Internacional sobre Recifes de Corais” atraiu mais de 3 mil cientistas conservacionistas e políticos ligados ao tema vindo do mundo todo para aprender e renovar as novas estatísticas e fatos relacionados. O simpósio acontece apenas de 4 em 4 anos (o último foi em Okinawa, no Japão, em 2004) e o tema é mais que propício: "Reefs for the future". Foram 5 dias de discussão, apresentação de dados, confabulações e perspectivas sobre os recifes do mundo.
Cerca de 2000 experts em acidificação dos oceanos, mudanças climáticas, ecologia, evolução, gerenciamento de turismo em áreas de recifes, aspectos sócio-ambientais, genômica, patologias coralíneas, biodiversidade, pesca... além de representantes da comunidade acadêmica, de ONGs, governos e muitos jornalistas de países-chave na luta pela conservação e/ou envolvidos com questões dos oceanos estiveram presentes.
Constatou-se que 92% dos recifes de corais estão hoje localizados no Pacifico e Índico e que 69% destes recifes ainda estão em boa e excelente condição. Porém o que diremos dos outros 30 % desta área que estão degradados?
Pior ainda está a situação no Atlântico, onde 50% dos recifes estão classificados como em péssimas ou más condição. No Caribe a situação ainda é pior: somente 25% dos recifes estão em boas condições. Os arrecifes perto das áreas de intensa população humana sofrem ameaças pelo desenvolvimento costeiro, a pesca predatória , sedimentos em demasia derivado de poluição urbana e ainda de maus hábitos de ancoragem de barcos de recreio. Durante o encontro, cientistas ressaltaram a importância que capitães e tripulação desenvolvam uma consciência conservacionista mais elevada.
Apesar do problema ser muito maior e de difícil solução , todos nós que usufruímos dos recursos e da beleza dos mares devemos ter o cuidado ao ancorarmos em áreas onde o fundo é predominante de coral. Por nossa experiência de mergulhar no Caribe,
vimos algumas ancoragens populares para Veleiros onde nem sequer um pedaço de coral sobrou, tudo devastado pelas correntes arrastando sobre o fundo. Em algumas áreas, como em BVI (Ilhas Virgens Britânicas) o esforço das autoridades chegou a um ponto de que em diversas enseadas somente é permitido o uso de poitas (as “Moorings”).
Mesmo isso não sendo totalmente seguro pois a corrente ligada a poita também destrói ao seu redor, restringe bastante a destruição comparado ao comprimento muito maior necessário para uma âncora.
Somente uma corrente durante algumas horas de ancoragem pode destruir o que a natureza levou séculos para construir!!!
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